terça-feira, 14 de julho de 2009

Terapia do Perdão - Prejuízos acarretados

De todas as bênçãos derramadas sobre as nossas vidas (a minha e a de Jeane) durante o I Encontro de Casais com Cristo (ECC) da Igreja Batista Lindinópolis, ocorrido nove anos atrás, com certeza, a mais impressionante foi Terapia do Perdão, apresentada pelo Pastor Marcos Antônio Joaquim, de Brasília, Distrito Federal. Recentemente, em uma reunião do nosso Pequeno Grupo, fomos abençoados mais uma vez pelos princípios da Terapia, extraídos por um casal de irmãos do livro “Vencendo Conflitos”, de autoria do Pastor Marcos. Ato contínuo e em função da importância do perdão na vida dos seres humanos, resolvi disponibilizar aqui este belíssimo trabalho que, sem dúvida alguma, também irá abençoar a todos que ainda não o conhecem. Neste primeiro momento, mostraremos os prejuízos causados pela ausência do perdão. Boa leitura!

A liberação do perdão tem sido uma das armas mais poderosas utilizadas na solução dos problemas da alma, que se apóiam na angústia gerada por traumas dolorosos do passado. O perdão liberado produz cura instantânea ou processual, mas sempre produz um resultado benéfico. A liberação do perdão suscita benefícios que abrangem o homem na sua totalidade (espírito, alma e corpo) e, dentro dessa visão tridimensional, podemos ter os seguintes prejuízos, caso resolvamos não libera-lo.

Prejuízos espirituais – Aprendemos que o espírito é a dimensão do homem, responsável pela comunicação com Deus, e que o perdão não liberado traz prejuízos na comunicação com o Senhor, uma vez que, biblicamente falando, existem dois tipos de perdão: perdão vertical, que parte de Deus para o homem, e o perdão horizontal, que parte do homem para o homem. O perdão vertical é condicional, ou seja, se não perdoarmos, Deus não nos perdoará (Mt 6.12-15). Quanto ao perdão horizontal, este é incondicional, porque somos tão pecadores quanto àquele que nos ofendeu e, por isso, independentemente das condições, a ordem de Deus é: perdoe! (Ef 4.32; Cl 3.13).

Resumidamente, o primeiro nível significa Portas Fechadas para Deus. Todavia, existe um segundo nível a ser analisado: não perdoar faz com que o ‘inimigo de nossas almas’ tire vantagens sobre nós, como afirma a Bíblia em II Co 2.10,11. Assim como o prejuízo espiritual no primeiro nível é o corte do relacionamento com Deus, no segundo nível, é o início de um relacionamento com satanás. Não existe um conflito psicológico que não seja espiritual; e espiritual que não seja psicológico, pelo fato de que alma e espírito são inseparáveis entre si, sendo divididos apenas pela Palavra de Deus (Hb 4.12). Portanto, as amarguras e doenças da alma promovem, como um todo, a retenção do perdão, que, por sua vez, abre portas para a ação de demônios. Lembre-se de que pelo fato de o perdão não ter sido liberado, o canal de comunicação com Deus foi cortado e, consequentemente, ele será ocupado por demônios de amargura, que irão aprisionar você ao passado, cegando-o para a alegria da cura.

Prejuízos psicológicos – Não perdoar acarreta prejuízos emocionais que podem durar até à morte. A alma, como sede das nossas emoções, sobrecarrega-se em angústias simplesmente pelo perdão não liberado. Quando não perdoamos, somos atormentados psicologicamente, realidade que a Bíblia chama de “verdugos atormentadores” (Mt 18.34). Nessa passagem, ao analisarmos o contexto, veremos que um homem não perdoou seu conservo, assim como o rei o havia perdoado. Como resultado, o rei mandou prende-lo para ser entregue nas mãos de atormentadores ou verdugos. Verdugos, no que se refere ao prejuízo psicológico, simbolizam as lembranças amargas do passado que povoam a mente como se estivessem no presente. A cena dói como se estivesse acontecendo no momento da lembrança. Pessoas, cenas e objetos são evitados ao máximo quando estamos nas mãos dos verdugos, que causam insônia, inapetência, pesadelos e um medo extremo dos relacionamentos interpessoais.

Prejuízos físicos – Não perdoar gera doenças psicossomáticas, ou seja, como resultado dos problemas da alma, o físico se abate e adoece. Geralmente, as pessoas angustiadas tendem a sentir palpitações cardíacas (taquicardia), dores de cabeça latejantes (enxaquecas) e toda sorte de perturbações orgânicas. Somente a liberação do perdão poderá trazer a cura destes males. Lembre-se de uma coisa importante: o perdão não justifica o ofensor, porém cuida do ofendido. Jesus não nos mandaria perdoar setenta vezes sete se isso não nos fosse benéfico. Ele não nos induzia a perdoar para justificar pecados alheios, mas, sim, para vivermos bem em nosso espírito, alma e corpo. Isso fica claro quando Ele, ao instruir os discípulos acerca do perdão, destaca a seguinte frase: “Olhai por vós mesmos” (Lc 17.3). Extraído do livro "Vencendo Conflitos", do Pastor Marcos Antônio Joaquim. Logo abaixo, as duas últimas partes deste texto.

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