quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Jesus e o Natal

A Bíblia relata no Evangelho de Lucas que Jesus nasceu em uma manjedoura porque na noite em que Maria sentiu as dores do parto, a mais de 2 mil anos atrás, não havia vagas na hospedaria de Belém. Sendo extremamente provável que José tentou, além da hospedaria, acolhimento nas residências locais, podemos afirmar que o homem mais significativo da história da humanidade veio ao mundo num lugar concebido para animais simplesmente porque ninguém quis recebê-lo.

Sem nenhum exagero o mesmo acontece quando, durante o Natal, Jesus não é o centro das atenções, não tem lugar de destaque, não tem sua importância reconhecida, quando, enfim, a exemplo do episódio ocorrido em Belém, não o deixam entrar em suas casas. Infelizmente, em muitos natais, em muitos lares, em muitas famílias, em muitas comemorações, estão mais preocupados com os convidados, com a decoração, com os presentes e, até mesmo, com o indefectível peru do que com a razão maior da celebração.

No ano passado, num bairro pobre do Pará, um jornalista da TV Globo perguntou a um menino de 8 anos qual era, na opinião dele, o personagem mais importante do Natal. Sem pestanejar, a criança respondeu: “que pergunta boba, doutor. É claro que é o Papai Noel”. Uma resposta como essa só pode ser entendida quando aceitamos que a família está, ao longo dos anos, dando ao Natal uma conotação puramente festiva. Se o “25 de dezembro” simboliza o nascimento de Cristo ele deveria ser, além de um momento de celebração, um dia de reflexão, de reverência, de reconhecimento, de gratidão, um dia, enfim, voltado um pouco mais para as coisas espirituais.

Diversos indícios bíblicos dão conta de que, com muita probabilidade, Jesus não nasceu em dezembro. O mês mais provável seria março. Isso, entretanto, pouca importância faria se, ainda que numa data errada, mas irmanados por uma lembrança especialíssima, estivéssemos com nossos corações verdadeiramente abertos, receptivos e ansiosos para recebê-Lo. Que neste Natal, não celebremos a bebida, a mesa farta ou os presentes trocados, mas, sim, o Deus Vivo, o Rei dos Reis, o Mestre dos Mestres, o Príncipe da Paz, o Senhor dos Senhores, o Pão da Vida, a Brilhante Estrela da Manhã. Que neste Natal, nós celebremos, com todo o nosso coração, aquele que veio a este mundo para mudar para sempre a história da humanidade.

6 comentários:

Guiomar Barba disse...

É mais sucesso se pregar a "Galeria da FÉ" desde Hebreus 11.5-35a. Depois a coisa fica para os que não são "Filhos do Rei."

São poucos os que almejam chegar diante de Jesus trazendo as marcas de Cristo no seu corpo...

Boa postagem. Deus continue falando através da sua vida.

Mariana Echants disse...

Alex, mais uma vez, achei maravilhoso o texto postado. Como sou nova na fé, às vezes, fico me perguntando certas coisas. Por que eles, os apóstolos, morreram de forma tão violenta e dramática? Que tipo de realidade espiritual há por trás disso? Se você puder me ajudar, ficaria grata. Deus abençõe. A vc e a sua família.

Jeane Ralile disse...

Mariana, logo após minha conversão, lembro de uma fala do meu pastor à igreja, atordoada com o assassinato de um irmão muito querido: "não devemos perguntar a Deus o porquê, mas para que". Ali eu começava a aprender sobre a soberania de Deus e sobre a realidade bíblica de que "o sol nasce para os justos e para os ímpios".

O slogan mentiroso "pare de sofrer" alardeado por algumas denominações tem levado muitos a crerem que se estivermos debaixo da proteção do Senhor mal algum nos atingirá... e as palavras de Cristo que no mundo teremos aflições devem ser ignoradas?

Qual o sentido, a razão para as mortes violentas de quase todos os apóstolos de Jesus? não sei ao certo... o que, na minha meserável ignorância espiritual conjecturo, é que era preciso que se cumprisse a profecia de Jesus: "Sereis atribulados e vos matarão. Sereis odiados por causa do meu nome. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos, pois o discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo acima do seu senhor. Mas não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma".

Milhares de cristãos, a exemplo dos apóstolos morreram tragicamente. Nero chegou a usá-los como tocha humanas para iluminar a noite de Roma!

Creio que a igreja cristã precisava passar por essas provações extremas para se auto afirmar. Nunca a igreja cresceu tanto e foi tão forte quanto nos anos de perseguição ferrenha. Quanto mais se matavam cristãos, mais pessoas se convertiam impressionadas com tamanha fé e coragem! Tertuliano dizia que o sangue dos mártires era a semeteira da igreja.

Ainda hoje há cristãos entregando suas vidas por amor ao evangelho. Em muitos países, homens, mulheres e crianças ainda são apedrejados, açoitados, torturados e mortos pela audácia de pregarem o nome de Jesus (veja o site www.portasabertas.org.br)

Hoje percorremos caminhos abertos com lágrimas, suor e sangue de irmãos que, com intrepidez e ousadia, confrontaram todo um sistema político-religioso por amor ao Senhor. E isso nos deixa com uma responsabilidade imensa de perpetuarmos a mensagem da cruz em sua inteireza e pureza, repudiando toda e qualquer prática contrária à sã doutrina.

A Deus tod glória!

Abraços.

Mariana Echants disse...

Jeane, querida, muito obrigada pelos esclarecimentos. Foram extremamente valiosos. Tenho aprendido muito neste blog. Em face do que leio aqui, além da informação direta, tenho sido despertada para a leitura e para o estudo da Palavra. Muito obrigada e que Deus continue lhes abençoando.

Voltando ao seu comentário, O triste de tudo isso é pensar e aceitar o fato de que, nós, cristãos de hoje, como bem colocou Alex, jamais faríamos o mesmo, vivendo uma vida de privações e morrendo da forma como eles morreram por amor ao nome de Cristo. É muito triste ver que nós involuimos.

Até a próxima e tenham paciência comigo. Ainda vou encher muita a paciência de vocês. Coisa de gente nova na fé, mas disposta a aprender muito acerca de Deus.

Alex Malta Raposo disse...

Em função de uma mudança na posição dos textos (haja vista, a programação automática de alguns artigos que acabou acontecendo somente depois do Natal em função de problemas com o Blogger), os presentes comentários são alusivos a "O Deus de sempre - Parte II".

Márcia Toledo disse...

Parabéns pelo blog e pelo texto. Jesus precisa estar em todas as comeorações, em todos os locais de trabalho, em todas as escolas, em todas as casas, em todos os corações.