80 mil metros quadrados de área construída. Cerca de duas vezes a altura do Cristo Redentor. Altar e fachada feitos com pedras importadas de Israel. Capacidade para 13 mil pessoas sentadas. Investimento de R$ 300 milhões. Muitos acharam que o projeto não sairia do papel. Saiu. Foi liberada a construção do maior templo da Igreja Universal do Reino de Deus no mundo. O prédio, que terá como molde o Templo construído pelo rei Salomão no Antigo Testamento, será erguido no bairro do Brás, em São Paulo. “Será a mais bela das nossas igrejas no mundo inteiro. O templo da glória de Deus no Brasil”, garante Edir Macedo, em sua biografia lançada no ano passado.
Recentemente, durante um de seus programas de televisão, Edir Macedo afirmou que os fiéis vão ajudar a pagar as pedras que estão sendo trazidas de Israel. Ainda segundo ele, depois de construído, o povo terá a oportunidade de colocar as mãos nas pedras para, assim, falar com o próprio Deus por meio delas, numa espécie de ‘sincretismo espírita’.
Que sentimento podemos ter diante de algo assim?
Como lembra o irmão Alexandre Pitante, no seu Avivamento Pela Palavra, o templo construído por Salomão, descrito no segundo Livro de Crônicas, foi dedicado como ‘lugar de oração, louvor e adoração ao Deus vivo’.
A julgar pelas práticas reinantes na IURD, como Fogueira Santa, Óleo de Israel, Rosa Ungida, Sal da Prosperidade e Banho das Sete Águas...
quarta-feira, 21 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
Pequenos Grupos
Uma das grandes ‘conquistas’ da igreja evangélica contemporânea vem se transformando em um grande problema para muitos cristãos. Nos últimos anos, é cada vez mais comum a construção de templos capazes de receber 4, 5 ou 6 mil pessoas. Isso acontece porque, via de regra, o rol de membros da maioria das denominações não pára de crescer. Parece contraditório fazer essa afirmação. Afinal de contas, ganhar almas para Cristo é a missão de todo crente. No entanto, não há como negar que congregar em igrejas que possuem milhares de membros traz dificuldades evidentes para a comunhão.
Para muitos, a solução para essa dificuldade é o que se convencionou chamar de células, ou pequenos grupos, ou, até mesmo, núcleos familiares. Para eles, através de reuniões menores, é possível um resgate dos primeiros tempos do cristianismo, visando uma maior comunhão, edificação e crescimento. Uma lembrança que dá força a essa corrente reside no fato de que o próprio Jesus prometeu a seus servos que estaria presente quando dois ou três deles se reunissem em Seu nome.
Os estudiosos lembram que a reunião de cristãos para a prática da oração e da meditação na Palavra remonta aos primeiros anos subsequentes à ascensão de Cristo. Naquele tempo – não podemos esquecer - não existiam grandes igrejas como as de hoje. Além disso, a perseguição aos discípulos de Jesus era intensa. Em função disso, as reuniões eram clandestinas e a fé cristã, absolutamente proscrita e socialmente censurável. Apesar desse panorama pouco estimulante, estavam presentes na igreja do primeiro século doses gigantescas de unidade, devoção e crescimento.
De modo geral, os pequenos grupos possuem dois objetivos: comunhão entre membros e proclamação do Evangelho. É ali, num espaço mais intimista, que os recém-convertidos são melhor discipulados e, por isso, acabam transformando-se em lideranças. Como compartilhar, sorrir, chorar, acalentar, fortalecer, ser fortalecido, aconselhar ou ser aconselhado quando estamos no meio de uma multidão? Como ouvir e ser ouvido se já nem conhecemos mais as pessoas ao nosso redor?
O pastor Roberto Lay, coordenador do movimento e líder da Igreja Evangélica Irmãos Menonitas, de Curitiba, explica que numa igreja de eventos e programas (liturgia convencional), um número reduzido de pessoas trabalha para preparar alguma coisa para os demais membros que agem como meros consumidores. “Diversamente, as células devolvem a cada crente o privilégio de ser um ministro, realidade que ajuda no desenvolvimento de seu próprio sacerdócio”, aponta.
Questionado sobre o papel das igrejas de hoje em comparação à Igreja Primitiva, Lay defende com convicção a aplicação do modelo celular para a edificação pessoal: “a igreja de Atos, na verdade, aprendeu com Jesus Cristo a ser uma comunidade de relacionamentos, e não de eventos. Era uma igreja bem recebida e estimada pelo povo por sua influência positiva na sociedade”, assinala. Jorge Henrique Barro, diretor da Faculdade Teológica sul-americana, acredita que o caráter missionário das células não pode ser negligenciado. Ele explica que a célula tem uma ênfase missiológica, e não eclesiológica. “Isso porque sua razão de existir não é a Igreja, mas o imperativo da pregação do Evangelho”, sentencia.
Muitos irmãos, desiludidos com os percalços da igreja-instituição, têm levantado a bandeira desse novo movimento que, perigosa e tacitamente, vem se formando: o já famoso ‘cristianismo sem igreja’, também conhecido como a ‘doutrina dos desigrejados’. Para eles e para aqueles que decidiram permanecer na ‘velha arca’, não me canso de reafirmar a minha defesa incondicional da igreja como a reunião dos santos, como a noiva do Senhor, como o maravilhoso ajuntamento daqueles que, agradecidos pelo sangue derramado na cruz do calvário, decidiram resistir. “Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap. 2:10). Repetindo o que já disse várias vezes, prossigo não acreditando na possibilidade de que alguém 'permaneça crente' sem o calor da camunhão e o enriquecimento do compartilhar.
Isso não quer dizer, entretanto, que a igreja não deva buscar um retorno aos valores defendidos pelos cristãos do primeiro século. Muitas denominações, inclusive, já possuem a experiência das reuniões nos lares e dos pequenos grupos. Talvez, o caminho seja o auto-reconhecimento de que, em virtude do gigantismo que caracteriza muitas igrejas, em que pese a progressiva inanição espiritual, esse instrumento esteja precisando ser fortalecido e visto como uma bela saída para muitos de seus problemas.
Baseado em artigo publicado no site Cristianismo Hoje.
Para muitos, a solução para essa dificuldade é o que se convencionou chamar de células, ou pequenos grupos, ou, até mesmo, núcleos familiares. Para eles, através de reuniões menores, é possível um resgate dos primeiros tempos do cristianismo, visando uma maior comunhão, edificação e crescimento. Uma lembrança que dá força a essa corrente reside no fato de que o próprio Jesus prometeu a seus servos que estaria presente quando dois ou três deles se reunissem em Seu nome.
Os estudiosos lembram que a reunião de cristãos para a prática da oração e da meditação na Palavra remonta aos primeiros anos subsequentes à ascensão de Cristo. Naquele tempo – não podemos esquecer - não existiam grandes igrejas como as de hoje. Além disso, a perseguição aos discípulos de Jesus era intensa. Em função disso, as reuniões eram clandestinas e a fé cristã, absolutamente proscrita e socialmente censurável. Apesar desse panorama pouco estimulante, estavam presentes na igreja do primeiro século doses gigantescas de unidade, devoção e crescimento.
De modo geral, os pequenos grupos possuem dois objetivos: comunhão entre membros e proclamação do Evangelho. É ali, num espaço mais intimista, que os recém-convertidos são melhor discipulados e, por isso, acabam transformando-se em lideranças. Como compartilhar, sorrir, chorar, acalentar, fortalecer, ser fortalecido, aconselhar ou ser aconselhado quando estamos no meio de uma multidão? Como ouvir e ser ouvido se já nem conhecemos mais as pessoas ao nosso redor?
O pastor Roberto Lay, coordenador do movimento e líder da Igreja Evangélica Irmãos Menonitas, de Curitiba, explica que numa igreja de eventos e programas (liturgia convencional), um número reduzido de pessoas trabalha para preparar alguma coisa para os demais membros que agem como meros consumidores. “Diversamente, as células devolvem a cada crente o privilégio de ser um ministro, realidade que ajuda no desenvolvimento de seu próprio sacerdócio”, aponta.
Questionado sobre o papel das igrejas de hoje em comparação à Igreja Primitiva, Lay defende com convicção a aplicação do modelo celular para a edificação pessoal: “a igreja de Atos, na verdade, aprendeu com Jesus Cristo a ser uma comunidade de relacionamentos, e não de eventos. Era uma igreja bem recebida e estimada pelo povo por sua influência positiva na sociedade”, assinala. Jorge Henrique Barro, diretor da Faculdade Teológica sul-americana, acredita que o caráter missionário das células não pode ser negligenciado. Ele explica que a célula tem uma ênfase missiológica, e não eclesiológica. “Isso porque sua razão de existir não é a Igreja, mas o imperativo da pregação do Evangelho”, sentencia.
Muitos irmãos, desiludidos com os percalços da igreja-instituição, têm levantado a bandeira desse novo movimento que, perigosa e tacitamente, vem se formando: o já famoso ‘cristianismo sem igreja’, também conhecido como a ‘doutrina dos desigrejados’. Para eles e para aqueles que decidiram permanecer na ‘velha arca’, não me canso de reafirmar a minha defesa incondicional da igreja como a reunião dos santos, como a noiva do Senhor, como o maravilhoso ajuntamento daqueles que, agradecidos pelo sangue derramado na cruz do calvário, decidiram resistir. “Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap. 2:10). Repetindo o que já disse várias vezes, prossigo não acreditando na possibilidade de que alguém 'permaneça crente' sem o calor da camunhão e o enriquecimento do compartilhar.
Isso não quer dizer, entretanto, que a igreja não deva buscar um retorno aos valores defendidos pelos cristãos do primeiro século. Muitas denominações, inclusive, já possuem a experiência das reuniões nos lares e dos pequenos grupos. Talvez, o caminho seja o auto-reconhecimento de que, em virtude do gigantismo que caracteriza muitas igrejas, em que pese a progressiva inanição espiritual, esse instrumento esteja precisando ser fortalecido e visto como uma bela saída para muitos de seus problemas.
Baseado em artigo publicado no site Cristianismo Hoje.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Religiosidade institucionalizada
Muitos autores e conferencistas têm apontado para o perigo da institucionalização que ronda desde nossas comunidades locais até denominações inteiras. O problema é real e sua influência tem multiplicado o número de comunidades cristãs frias, que vivem em torno de rituais vazios, normas de procedimento e da mera manutenção de suas tradições. Em tais igrejas, não existe qualquer sinal da vitalidade gerada pelo anúncio e compreensão do Evangelho transformador de Jesus, muito menos entusiasmo pelo engajamento na missão por ele dada a sua igreja. Este perigo, no entanto, não deve ser visto como uma espécie de energia negativa, impessoal, ou uma epidemia que se propaga nos cantos escuros da igreja, contaminando silenciosamente suas estruturas e levando-a à morte.
O perigo da institucionalização alcança e afeta as estruturas de uma comunidade local ou de uma denominação, através de homens e mulheres que, sem discernimento e cuidado para com o desenvolvimento de uma espiritualidade sadia e consistente a partir da obra de Jesus e seus ensinamentos, passam a desenvolver uma religiosidade institucionalizada. Nos tempos de Jesus, os maiores representantes deste tipo religiosidade eram os fariseus. Por diversas vezes, Jesus teve que confrontá-los por causa do seu apego compulsivo às tradições, da preocupação excessiva com o exterior, do zelo e dedicação para com as estruturas e do orgulho e confiança que depositavam na performance religiosa. Eles viam a si mesmos como responsáveis e juízes de tudo e de todos. Hoje, como ontem, a religiosidade institucionalizada continua sendo um inimigo íntimo a espreitar a vida dos crentes. É ela que acaba com a vitalidade do Evangelho de Jesus mesmo naqueles que começaram muito bem a jornada cristã. Da mesma forma, move igrejas do engajamento na missão deixada pelo Filho de Deus em direção à mera manutenção das estruturas.
A religiosidade institucionalizada leva ao apego compulsivo às tradições, em detrimento do engajamento na missão e no serviço às pessoas. Um exemplo típico nas Escrituras é o episódio em que Jesus cura um enfermo e os fariseus protestam porque o milagre aconteceu num sábado. É que demonstravam preocupação excessiva com a aparência exterior em detrimento da construção consistente de um caráter interior – não é à toa que oravam em praças públicas a fim de ser vistos pelas pessoas, mas foram chamados por Jesus de “sepulcros caiados”.
O orgulho em relação à performance religiosa em detrimento da confiança exclusiva na graça e no amor de Deus é outro indício do problema. Existe um grande desconforto para com o conceito da graça, como o demonstrado pela reação do filho mais velho na parábola de Lucas 15. Mas bem mais importante do que identificar o problema ou diagnosticar a enfermidade é conhecer os meios para prevenir-se e a própria cura para o mesma. A consciência de que este é um perigo que ronda nossas vidas mais do que possamos imaginar é o primeiro passo para evitá-lo. Mas esta consciência deve nos conduzir a um processo de constante cuidado para com as bases sobre as quais estamos construindo nossa espiritualdade.
Algumas perguntas podem contribuir grandemente para nossa própria avaliação e crescimento. A primeira delas é: temos crescido na compreensão da graça e do amor de Deus para conosco? Ou somos mais conscientes desta graça hoje do que há um ano atrás? Estamos mais certos agora acerca do amor de Deus do que antes? Isso tem nos levado a uma relação de mais devoção e intimidade com o Senhor? E em qual medida isso tudo tem impactado e transformado nossas vidas? As pessoas que nos cercam percebem nossa fé através de nossas palavras e atitudes? Temos nos tornado mais parecidos com Jesus ou não?
Mas o que fazer quando identificamos que o mal da religiosidade institucionalizada não é uma ameaça, mas já é uma enfermidade presente em nós? Neste caso, precisamos redescobrir o Evangelho de Deus que nos é oferecido em Jesus. Na medida em que trazemos às nossas mentes a consciência do que foi feito por nós e aos nossos corações, a convicção surpreendente do grande amor de Deus por nós, as amarras da institucionalização da fé passam a se romper e somos libertados.
Quanto o Evangelho de Deus entra em contato com nossas estruturas desfuncionais e deformadas, elas são rompidas. O Evangelho de Deus em nossas vidas demanda não algumas pequenas reformas ou ajustes, mas uma grande e tremenda revolução. Por isso, este Evangelho nos liberta da religiosidade institucionalizada, colocando novamente nossa confiança na graça e no amor do Senhor e nos convidando ao engajamento na missão. Fonte: Cristianismo Hoje
O perigo da institucionalização alcança e afeta as estruturas de uma comunidade local ou de uma denominação, através de homens e mulheres que, sem discernimento e cuidado para com o desenvolvimento de uma espiritualidade sadia e consistente a partir da obra de Jesus e seus ensinamentos, passam a desenvolver uma religiosidade institucionalizada. Nos tempos de Jesus, os maiores representantes deste tipo religiosidade eram os fariseus. Por diversas vezes, Jesus teve que confrontá-los por causa do seu apego compulsivo às tradições, da preocupação excessiva com o exterior, do zelo e dedicação para com as estruturas e do orgulho e confiança que depositavam na performance religiosa. Eles viam a si mesmos como responsáveis e juízes de tudo e de todos. Hoje, como ontem, a religiosidade institucionalizada continua sendo um inimigo íntimo a espreitar a vida dos crentes. É ela que acaba com a vitalidade do Evangelho de Jesus mesmo naqueles que começaram muito bem a jornada cristã. Da mesma forma, move igrejas do engajamento na missão deixada pelo Filho de Deus em direção à mera manutenção das estruturas.
A religiosidade institucionalizada leva ao apego compulsivo às tradições, em detrimento do engajamento na missão e no serviço às pessoas. Um exemplo típico nas Escrituras é o episódio em que Jesus cura um enfermo e os fariseus protestam porque o milagre aconteceu num sábado. É que demonstravam preocupação excessiva com a aparência exterior em detrimento da construção consistente de um caráter interior – não é à toa que oravam em praças públicas a fim de ser vistos pelas pessoas, mas foram chamados por Jesus de “sepulcros caiados”.
O orgulho em relação à performance religiosa em detrimento da confiança exclusiva na graça e no amor de Deus é outro indício do problema. Existe um grande desconforto para com o conceito da graça, como o demonstrado pela reação do filho mais velho na parábola de Lucas 15. Mas bem mais importante do que identificar o problema ou diagnosticar a enfermidade é conhecer os meios para prevenir-se e a própria cura para o mesma. A consciência de que este é um perigo que ronda nossas vidas mais do que possamos imaginar é o primeiro passo para evitá-lo. Mas esta consciência deve nos conduzir a um processo de constante cuidado para com as bases sobre as quais estamos construindo nossa espiritualdade.
Algumas perguntas podem contribuir grandemente para nossa própria avaliação e crescimento. A primeira delas é: temos crescido na compreensão da graça e do amor de Deus para conosco? Ou somos mais conscientes desta graça hoje do que há um ano atrás? Estamos mais certos agora acerca do amor de Deus do que antes? Isso tem nos levado a uma relação de mais devoção e intimidade com o Senhor? E em qual medida isso tudo tem impactado e transformado nossas vidas? As pessoas que nos cercam percebem nossa fé através de nossas palavras e atitudes? Temos nos tornado mais parecidos com Jesus ou não?
Mas o que fazer quando identificamos que o mal da religiosidade institucionalizada não é uma ameaça, mas já é uma enfermidade presente em nós? Neste caso, precisamos redescobrir o Evangelho de Deus que nos é oferecido em Jesus. Na medida em que trazemos às nossas mentes a consciência do que foi feito por nós e aos nossos corações, a convicção surpreendente do grande amor de Deus por nós, as amarras da institucionalização da fé passam a se romper e somos libertados.
Quanto o Evangelho de Deus entra em contato com nossas estruturas desfuncionais e deformadas, elas são rompidas. O Evangelho de Deus em nossas vidas demanda não algumas pequenas reformas ou ajustes, mas uma grande e tremenda revolução. Por isso, este Evangelho nos liberta da religiosidade institucionalizada, colocando novamente nossa confiança na graça e no amor do Senhor e nos convidando ao engajamento na missão. Fonte: Cristianismo Hoje
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Porque eu amo a Igreja...
Ler esse texto me fez um bem enorme. Estava precisando de algo assim. Nunca acreditei na possibilidade de perseverar na fé sem o calor, o renovo e o estímulo de nossos irmãos. No entanto, nos últimos tempos, passei a travar uma luta gigantesca para manter os olhos em Jesus a despeito de tantos descaminhos, de tantas aberrações, de tanta coisa errada...Encontrar esse texto na tarde desta segunda-feira (12), enquanto buscava na Internet uma informação completamente diversa, foi uma resposta de oração. De tudo que li nele, o que mais me chamou atenção foi o tal "cristianismo sem igreja". Sei não. Mas, como diz um amigo, essa expressão exala um indisfarçável e desagradável cheiro de enxofre.
“Eu amo a Igreja.
Ela é a Noiva de Cristo e seria um descaramento enorme de minha parte amar Jesus e não amar sua noiva.
Eu amo a Igreja porque Jesus a amou e deu Sua vida por Ela.
Eu amo a Igreja porque ela é constituída de gente como eu, pecadores salvos pela graça de Deus, mediante a fé em Cristo.
Eu amo a Igreja porque ela é portadora da Grande Comissão que leva esperança a todos os povos.
Eu amo a Igreja porque sou parte dela e não curto muito a ideia de masoquismo disfarçado de espiritualidade.
Eu simplesmente amo a Igreja.
Numa época em que virou moda falar mal da igreja e incentivar pessoas a abandonarem suas igrejas, num êxodo espiritual que Deus sabe lá para onde levará os que o seguirem, eu continuo afirmando meu amor por Cristo e Sua Igreja.
Foi por isso que comprei o livro recente de Kevin DeYoung e Ted Kluck. Aliás, este livro merece ser publicado em português e lido em conjunto com toda a literatura promovendo a nova instituição do cristianismo sem igreja. O título já é provacativo: Why We Love the Church: In Praise of Institutions and Organized Religion (Porque Nós Amamos a Igreja: Em Louvor de Instituições e Religião Organizada). DeYoung e Kluck, que já tinham sinalizado desvios no movimento de igreja emergente em seu livro anterior (Porque Não Somos Emergentes: Por dois caras que deveriam ser), apontam agora as distorções do cristianismo sem igreja. Segundo eles, seu livro poderia ter sido chamado de “tendências recentes em desmembramento”.
É preciso conhecer bem pouco da Bíblia e da História da Igreja para cair nessa crença de que tanto uma quanto a outra ensinam uma vida de cristianismo sem igreja. Por mais que os “advogados” do cristianismo sem igreja possam falar, não há nem nos ensinos de Jesus, nem no restante do NT, nem na história da Igreja, nenhuma ênfase a seguir Jesus sem participar da comunhão dos santos.
É evidente que no curso da história, pessoas quiseram influenciar o pensamento cristão com suas idéias e contestações. Muitas destas foram consideradas heresias e não prevaleceram. Albert Camus disse: “Todo revolucionário termina se tornando ou um opressor ou um herege.” A “Revolução” sem igreja tem mais chances de se tornar no último. Assim também a fuga do “Cristianismo Pagão” pode gerar mais pagãos no longo prazo, do que verdadeiros discípulos de Jesus, como pretendem seus autores.
A razão simples para isso é que as idéias propagadas por esses livros (e outros semelhantes a eles) poderiam até ser de alguma utilidade, não fosse a tremenda cara-de-pau expressa no messianismo disfarçado de seus autores, ao se colocarem como os “salvadores” da Igreja das garras malignas da Instituição. Durante dois mil anos todo mundo esteve errado. Agora, graças a eles, finalmente poderemos enxergar a verdade sobre o Cristianismo. E a verdade que eles anunciam é essa: “Saia de sua igreja! Ela é a raiz de todos os seus problemas espirituais. Vá jogar golfe aos domingos, pois a verdadeira espiritualidade se encontra no campo de golfe… Vá tomar uma cervejinha no barzinho com amigos e filosofar sobre assuntos espirituais porque é aí que está a igreja verdadeira…” Corta essa meu!
Adiante o filme da história em 50 anos e veja se você consegue enxergar os efeitos dessa onda do cristianismo sem igreja:
1) Na pior das hipóteses, seu resultado será uma vitalidade espiritual semelhante a presente hoje no continente europeu. Não creio que nenhuma pessoa que ame Jesus de fato, deseje isso.
2) Ou então terá desaparecido, assim como outras ondas e modas surgidas no passado que, por não estarem em sintonia com o Espírito de Deus, não prevaleceram contra a Sua Igreja.
Se eu estiver errado em minha atitude para com a Igreja, não terei perdido nada com isso. Como já disse, eu amo a Igreja. Amo estar com meus irmãos para celebrar junto com eles a vida (ainda que, em certas estações da vida, esse encontro aconteça apenas uma ou duas vezes por semana), aprender o significado do amor, perdão, comunhão e incentivar uns aos outros na prática das boas obras e na proclamação da esperança do Evangelho.
De um modo pragmático, vejo muito mais possibilidades de servir a Deus em conjunto com outros, do que isolado em meu canto, blogando de pijama (como diria Mark Driscoll) sobre os males da instituição, como se “a instituição” fosse um mal em si mesma.
John Michael Talbot diz o seguinte sobre Igreja e instituições: “Ainda que algumas instituições religiosas possam com frequência assemelharem-se mais a corporações seculares do que a comunidades voltadas para Deus (…) sempre há lugar nas igrejas para aquelas pessoas guiadas por um completo comprometimento espiritual.”
A Igreja prevalecerá contra todos os ventos de doutrina, não há dúvidas quanto a isso. A questão (e o que me preocupa) é quantos daqueles que estão trocando suas congregações por essa onda atrativa do cristianismo sem igreja estarão firmes na fé em Cristo daqui a 5, 10 anos”.
Texto: Sandro Baggio
“Eu amo a Igreja.
Ela é a Noiva de Cristo e seria um descaramento enorme de minha parte amar Jesus e não amar sua noiva.
Eu amo a Igreja porque Jesus a amou e deu Sua vida por Ela.
Eu amo a Igreja porque ela é constituída de gente como eu, pecadores salvos pela graça de Deus, mediante a fé em Cristo.
Eu amo a Igreja porque ela é portadora da Grande Comissão que leva esperança a todos os povos.
Eu amo a Igreja porque sou parte dela e não curto muito a ideia de masoquismo disfarçado de espiritualidade.
Eu simplesmente amo a Igreja.
Numa época em que virou moda falar mal da igreja e incentivar pessoas a abandonarem suas igrejas, num êxodo espiritual que Deus sabe lá para onde levará os que o seguirem, eu continuo afirmando meu amor por Cristo e Sua Igreja.
Foi por isso que comprei o livro recente de Kevin DeYoung e Ted Kluck. Aliás, este livro merece ser publicado em português e lido em conjunto com toda a literatura promovendo a nova instituição do cristianismo sem igreja. O título já é provacativo: Why We Love the Church: In Praise of Institutions and Organized Religion (Porque Nós Amamos a Igreja: Em Louvor de Instituições e Religião Organizada). DeYoung e Kluck, que já tinham sinalizado desvios no movimento de igreja emergente em seu livro anterior (Porque Não Somos Emergentes: Por dois caras que deveriam ser), apontam agora as distorções do cristianismo sem igreja. Segundo eles, seu livro poderia ter sido chamado de “tendências recentes em desmembramento”.
É preciso conhecer bem pouco da Bíblia e da História da Igreja para cair nessa crença de que tanto uma quanto a outra ensinam uma vida de cristianismo sem igreja. Por mais que os “advogados” do cristianismo sem igreja possam falar, não há nem nos ensinos de Jesus, nem no restante do NT, nem na história da Igreja, nenhuma ênfase a seguir Jesus sem participar da comunhão dos santos.
É evidente que no curso da história, pessoas quiseram influenciar o pensamento cristão com suas idéias e contestações. Muitas destas foram consideradas heresias e não prevaleceram. Albert Camus disse: “Todo revolucionário termina se tornando ou um opressor ou um herege.” A “Revolução” sem igreja tem mais chances de se tornar no último. Assim também a fuga do “Cristianismo Pagão” pode gerar mais pagãos no longo prazo, do que verdadeiros discípulos de Jesus, como pretendem seus autores.
A razão simples para isso é que as idéias propagadas por esses livros (e outros semelhantes a eles) poderiam até ser de alguma utilidade, não fosse a tremenda cara-de-pau expressa no messianismo disfarçado de seus autores, ao se colocarem como os “salvadores” da Igreja das garras malignas da Instituição. Durante dois mil anos todo mundo esteve errado. Agora, graças a eles, finalmente poderemos enxergar a verdade sobre o Cristianismo. E a verdade que eles anunciam é essa: “Saia de sua igreja! Ela é a raiz de todos os seus problemas espirituais. Vá jogar golfe aos domingos, pois a verdadeira espiritualidade se encontra no campo de golfe… Vá tomar uma cervejinha no barzinho com amigos e filosofar sobre assuntos espirituais porque é aí que está a igreja verdadeira…” Corta essa meu!
Adiante o filme da história em 50 anos e veja se você consegue enxergar os efeitos dessa onda do cristianismo sem igreja:
1) Na pior das hipóteses, seu resultado será uma vitalidade espiritual semelhante a presente hoje no continente europeu. Não creio que nenhuma pessoa que ame Jesus de fato, deseje isso.
2) Ou então terá desaparecido, assim como outras ondas e modas surgidas no passado que, por não estarem em sintonia com o Espírito de Deus, não prevaleceram contra a Sua Igreja.
Se eu estiver errado em minha atitude para com a Igreja, não terei perdido nada com isso. Como já disse, eu amo a Igreja. Amo estar com meus irmãos para celebrar junto com eles a vida (ainda que, em certas estações da vida, esse encontro aconteça apenas uma ou duas vezes por semana), aprender o significado do amor, perdão, comunhão e incentivar uns aos outros na prática das boas obras e na proclamação da esperança do Evangelho.
De um modo pragmático, vejo muito mais possibilidades de servir a Deus em conjunto com outros, do que isolado em meu canto, blogando de pijama (como diria Mark Driscoll) sobre os males da instituição, como se “a instituição” fosse um mal em si mesma.
John Michael Talbot diz o seguinte sobre Igreja e instituições: “Ainda que algumas instituições religiosas possam com frequência assemelharem-se mais a corporações seculares do que a comunidades voltadas para Deus (…) sempre há lugar nas igrejas para aquelas pessoas guiadas por um completo comprometimento espiritual.”
A Igreja prevalecerá contra todos os ventos de doutrina, não há dúvidas quanto a isso. A questão (e o que me preocupa) é quantos daqueles que estão trocando suas congregações por essa onda atrativa do cristianismo sem igreja estarão firmes na fé em Cristo daqui a 5, 10 anos”.
Texto: Sandro Baggio
sexta-feira, 9 de julho de 2010
O lenço estava dobrado...
Por que Jesus dobrou o lenço que cobria sua cabeça no sepulcro depois de sua ressurreição? Eu nunca havia detido minha atenção a esse detalhe. Em João 20.7, está relatado que aquele lenço que foi colocado sobre a face de Jesus, não foi apenas deixado de lado como os lençóis no túmulo. A Bíblia reserva um versículo inteiro para nos contar que o lenço fora dobrado cuidadosamente e colocado na cabeceira do túmulo de pedra.
Bem cedo pela manhã de domingo, Maria Madalena veio à tumba e descobriu que a pedra havia sido removida da entrada. Ela correu e encontrou Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus tanto amara (João), e disse ela: "Eles tiraram o corpo do Senhor, e eu não sei para onde eles o levaram". Pedro e o outro discípulo correram ao túmulo para ver. O outro discípulo passou à frente de Pedro e lá primeiro chegou. Ele parou e observou os lençóis, mas ele não entrou. Então Simão Pedro chegou e entrou. Ele também notou os lençóis ali deixados, enquanto o lenço que cobrira a face de Jesus estava dobrado e colocado em um lado.
Isso é importante? Definitivamente. Isso é significante? Sim.
Para poder entender a significância do lenço dobrado, você tem que entender um pouco a respeito da tradição hebraica daquela época. O lenço dobrado tem a ver com o Amo e o Servo, e todo menino judeu conhecia a tradição. Quando o Servo colocava a mesa de jantar para o seu Amo, ele buscava ter certeza em fazê-lo exatamente da maneira que seu Amo queria.
A mesa era colocada perfeitamente e o Servo esperaria fora da visão do Amo até que o mesmo terminasse a refeição. O Servo não se atreveria nunca tocar a mesa antes que o Amo tivesse terminado a refeição. Se o Amo tivesse terminado a refeição, ele se levantaria, limparia seus dedos e sua boca, limparia sua barba, embolaria seu lenço e o jogaria sobre a mesa. Naquele tempo, o lenço embolado queria dizer: "Eu terminei".
Poucos sabem disso:
Se o Amo se levantasse e deixasse o lenço dobrado ou enrolado ao lado do prato, o Servo não ousaria em tocar a mesa, porque o lenço nesta situação queria dizer:
“Eu voltarei!"
Um pequeno detalhe, pelo qual o recado nos foi dado claramente! Jesus também usou as "tradições" para passar um recado: Ele vai voltar. O lenço ainda está dobrado! O banquete ainda não terminou, ou melhor, vai ser realizado mesmo lá no céu! Maranata! Hermes Fernandes. Texto original: Você sabia porque o lenço estava dobrado?
Bem cedo pela manhã de domingo, Maria Madalena veio à tumba e descobriu que a pedra havia sido removida da entrada. Ela correu e encontrou Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus tanto amara (João), e disse ela: "Eles tiraram o corpo do Senhor, e eu não sei para onde eles o levaram". Pedro e o outro discípulo correram ao túmulo para ver. O outro discípulo passou à frente de Pedro e lá primeiro chegou. Ele parou e observou os lençóis, mas ele não entrou. Então Simão Pedro chegou e entrou. Ele também notou os lençóis ali deixados, enquanto o lenço que cobrira a face de Jesus estava dobrado e colocado em um lado.
Isso é importante? Definitivamente. Isso é significante? Sim.
Para poder entender a significância do lenço dobrado, você tem que entender um pouco a respeito da tradição hebraica daquela época. O lenço dobrado tem a ver com o Amo e o Servo, e todo menino judeu conhecia a tradição. Quando o Servo colocava a mesa de jantar para o seu Amo, ele buscava ter certeza em fazê-lo exatamente da maneira que seu Amo queria.
A mesa era colocada perfeitamente e o Servo esperaria fora da visão do Amo até que o mesmo terminasse a refeição. O Servo não se atreveria nunca tocar a mesa antes que o Amo tivesse terminado a refeição. Se o Amo tivesse terminado a refeição, ele se levantaria, limparia seus dedos e sua boca, limparia sua barba, embolaria seu lenço e o jogaria sobre a mesa. Naquele tempo, o lenço embolado queria dizer: "Eu terminei".
Poucos sabem disso:
Se o Amo se levantasse e deixasse o lenço dobrado ou enrolado ao lado do prato, o Servo não ousaria em tocar a mesa, porque o lenço nesta situação queria dizer:
“Eu voltarei!"
Um pequeno detalhe, pelo qual o recado nos foi dado claramente! Jesus também usou as "tradições" para passar um recado: Ele vai voltar. O lenço ainda está dobrado! O banquete ainda não terminou, ou melhor, vai ser realizado mesmo lá no céu! Maranata! Hermes Fernandes. Texto original: Você sabia porque o lenço estava dobrado?
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